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Terminei com você e comecei comigo


Você terminou comigo, melhor dizendo.
E mal sabia eu que, de fato, o nosso fim seria um novo começo pra mim.
Quando a gente tá mal a gente não consegue ver o bem das coisas.
Seria mentira se eu falasse que não fui contra, pois eu tentaria mais uma vez e seria capaz de engolir os maiores sapos só pra gente continuar dando certo, porém, este meu querer não é o que faria as coisas funcionarem, uma série de coisas teriam que acontecer; o que não aconteceu.

Leva um tempo até que a gente entenda que faz bem o tempo levar coisas da gente.

Por isso eu sinto que também teriminei com você, afinal, eu precisava disso mas não conseguia ver.

Acho que não consigo colocar nome na fase que estou vivendo, algo como “agora estou bem” seria me precipitar. Tem dias que são bons, outros nem tanto. Dias que sinto sua falta, dias que sinto falta de mim por lembrar de você e dias que não sinto nada além de cansaço da rotina de trabalho e ainda ter que lidar com lembranças suas.

Bem, não é sobre o nosso fim que eu quero detalhar, é sobre o meu começo.
Aquele negócio de ver o lado bom das coisas não é algo tão fácil de se fazer. Nós queremos ver o lado que nós mesmos julgamos ser bom das coisas. Mas estou aprendendo a ver diferente.

Hoje me pergunto se ainda seríamos felizes se estivéssemos juntos.
Ou será que seria apenas eu pensando que seríamos nós dois?

Quando a gente quer muito que uma coisa aconteça, a gente ignora a chance dela não acontecer. Eu seria capaz de dizer que tudo estaria muito bem hoje só porque eu gostaria que estivesse, não porque estaria mesmo, sabe? Tipo, a vontade de ver as coisas dando certo também nos cega e não nos faz ver quando não estão dando tão certo assim.

A gente já tinha terminado há muito tempo, não só na hora no fim. Eu é que não me dava conta disso. Eu não me dava conta de que eu não estava tão feliz e de que já estava muito desgastado em ter que aceitar coisas suas que eu não concordava.

Às vezes a gente aceita só pra ter paz, não pra ficar bem.
Então pra evitar novas brigas, eu preferia relevar velhas motivos.

O irônico é que você foi quem deu o passo para as coisas acabarem. E não te julgo por isso!
Hoje eu me vejo tão diferente, me sinto uma pessoa tão renovada.
Eu estava cego pelo que sentia por você e não conseguia ver o que deveria sentir por mim. Por isso depois que terminamos nossa história eu recomecei a minha comigo.
Estou me redescobrindo, reaprendendo a viver, feliz feito a primeira nota azul na escola e realizado feito os primeiros passos de uma criança. As coisas estão melhorando.

A falta do “nós” me fez valorizar o “eu”
A tendência é melhorar ainda mais. Estou fazendo as pazes com o calendário e ocupando meus dias coisas mais produtivas. Estou assistindo minhas séries favoritas e voltei a achar graça em comprar roupas. Que bom que o tempo passa.

É isso.
Terminei com você e comecei comigo. Aceitei que era o melhor pra gente não sermos mais “a gente”. Hoje brindo a vida por estar me conhecendo um pouco mais, gostando do jeito, conhecendo que tenho charme e valorizando minha alto-estima. E o mais legal: sem a dependência de nada e ninguém além do meu desejo em ficar bem.

Eu estou melhor.

Isso vai doer mais em você do que em mim

Sei que pode parecer conversa fiada,
mas eu não gostaria que fosse assim.
O que eu sinto não é ingratidão pelo teu sentimento por mim,
mas também não é o amor que eu gostaria de retribuir.
É que tem coisas que a gente simplesmente não controla. Isso é viver.
Bem que eu gostaria de poder apertar um botão para sentir ou não as coisas que eu bem entendesse, mas como sabemos, isso não é possível. E se fosse, me pergunto: até quando seria saudável para a minha própria vida?
Talvez se eu pudesse escolher o que sentir acabaria agradando algumas pessoas, mas eu não posso dizer o mesmo com relação à mim mesmo. E no fim, a gente tem que viver por nós, por mais egoísta que pareça.

Eu gosto de você.
Gosto do seu jeito comigo e do jeito que me faz dar risada, mas acho que a gente gosta de um jeito diferente um do outro. Eu jamais entraria na desculpa de achar que você gosta mais de mim do que eu de você, porque isso é uma bobagem. Por mais competitiva que essa vida possa ser, não tem como a gente medir a intensidade com o que o nosso coração sente as coisas, menos ainda, como o coração do outro sente as coisas. O que dá pra pensar é que gostamos muito um do outro só que não exatamente do mesmo jeito.

Eu também não quero pedir a sua amizade.
Não sei como vai ser daqui pra frente e de que maneira você vai encarar a novidade de eu não estar na mesma sintonia que você. Sério, eu não quero entrar em nenhum clichê de desculpinha fajuta só pra tentar suavizar as coisas entre nós dois.
Penso que se for pra gente se dar bem, que seja de um jeito que os dois se sintam felizes.

É injusto ser feliz sozinho.

Eu não sou uma má pessoa.
É que a sinceridade é o meu pior defeito.
Eu poderia procurar palavras para suavizar o efeito em você, mas acho que seria desonesto, porque na verdade eu só estaria encontrando uma maneira de desenhar um mundo menos verdadeiro, uma maneira de evitar com que você fique mal. Ao mesmo tempo, entenda, não que eu não esteja me importando com você, pelo contrário, mas prefiro falar as coisas como realmente são do que como elas poderiam ser.

As melhores palavras são as que merecemos ouvir, não as que gostaríamos.

É claro que você vai encontrar alguém legal.
Seria uma palhaçada sem tamanho falar que “vou torcer para você encontrar uma pessoa que te mereça e que valorize todo o seu sentimento!”, pois é claro que eu penso isso de você. Penso que essa história de falar essas coisas é só um joguinho de “foda-se, pelo menos não é comigo” onde as pessoas falam todas as coisas que elas odiariam ouvir. E onde está a verdade nisso? Não está porque não há. Isso não é gostar ou respeitar alguém, isso é humilhar.

Nós sabemos quando estamos fazendo cagada.
Então aquela conversa de “não quero que fique mal” é uma das mais retardadas que existem. Eu sei que vou virar as costas e você vai se sentir mal, eu não posso ignorar esse fato. Sei que vai levar um tempo até que consiga se recuperar e direcionar seu coração para outras coisas que não seja a possibilidade de nós dois. Faz parte.

Te falar isso tudo não significa que eu não me importo, significa que eu me importo exatamente por gostar de você. É que a sinceridade assusta e a verdade pode até machucar, mas no fim é sempre a escolha mais justa e sempre vai cicatrizar.
Também não comemoro que “tudo ficou claro entre nós”, mas há muito tempo que prefiro falar todas as coisas que sinto ao invés de encontrar maneiras de amenizar todas as coisa que eu sinto. A verdade vem do coração e ela indestrutível. Há muito tempo que prefiro fazer dos meus momentos inesquecíveis, seja no amor ou na dor, do que fazer destes mesmos momentos algo para usar de chacota ou vantagem depois ao falar: “ahhh, teve um dia que aconteceu isso e isso, mas aí eu falei isso e isso e resolveu” como se eu tivesse ganho alguma coisa e fosse super experiente. Não é bem é assim.
Quanto mais pensamos que sabemos das coisas, mas coisas temos que aprender.

Eu só te falo tudo isso exatamente desse jeito porque eu me coloco no seu lugar e tenho consciência de como deve ser esse momento pra você, apesar de cada pessoa reagir de uma maneira.

Eu só te falo todas essas coisas porque eu passei exatamente pelas mesmas coisas.
E não foi só uma vez. E talvez a última não tenha sido a última.
Por isso eu falo que logo mais vai passar e você vai ficar melhor, mas sem precisar mentir, reconheço que agora isso vai doer mais em você do que em mim.
Não preciso fingir, preciso te respeitar por eu gostar tanto de você do meu jeito.

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Fiquem com a Verdade, Enquanto Eu com a Felicidade

Então eu vou me render aos clichês.
Vou me deixar levar pelas coisas que tenho sentido ultimamente.
Mas antes, vou te falar: sabe, dia desses lembrei de algumas coisas que já vivi.
Não foram tantas assim pra colocar um filme em cartaz, mas o bastante para me fazer entender o que exatamente me faz feliz e o que não me faz tão bem assim.

Dentro dessas lembranças, vi que não gosto quando a voz é mais alta que o normal, vi também que são tão poucos os motivos que valem discussões, que não acho justo desgastar uma história dando em voltas em coisas que não fazem bem. E aliás, as discussões podem ser evitadas.

Troco discussões sem fim por conversas em prol do final feliz.

Lembrei também de quantas noites eu demorei pra dormir por não conseguir me resolver. Esse negócio de “amanhã a gente conversa” nunca deu certo e eu sempre me torturava querendo resolver, juro, sem briga, só querendo o bem, mas o que eu sentia da outra pessoa era um sentimento mais raivoso recheado de acusações tipo “você está querendo ser certo sempre!”, quando na verdade eu nunca me importei com a merda da verdade, e sim com felicidade. Complicado, né? É.

Lembrar que já sofremos deixa a gente mais forte pelo que sentimos.

É que assim, ao relembrar de todas as coisas tristes que passei, consigo ver o quanto eu quero evitar com que cada uma delas aconteça novamente, consigo ver onde também errei – afinal, nunca me vi com toda a razão -, consigo ver muita coisa, mas principalmente consigo ver todas as coisas boas que eu quero viver.

A gente tem que lembrar da dor pra ter certeza sobre o que esperamos do amor.

Mas também reservei um tempo para lembrar das coisas boas.
Lembro das estreias do cinema e dos presentes nas datas comemorativas, lembro dos gostos particulares e das palavras no diminutivo, mas chega uma hora que todas as coisas boas que a gente vive se transformam em saudade boa pra fazer a gente melhor. Não dizem que do passado a gente só devem levar as lições? Então, das coisas boas do passado eu levo a motivação em correr atrás de viver algo ainda melhor, ou então, de reviver as mesmas coisas mas de um jeito deliciosamente sem igual, de um jeito sentimentalmente individual, de um jeito que eu acho que mereço viver. 
Isso significa que a gente pode ser feliz mais de uma vez nessa vida.

Nunca gostei da história do “Fulana foi a pessoa que mais me feliz na vida”. Acho meio delicado afirmar. A gente até pode ter vivido inesquecíveis histórias com determinadas pessoas, mas afirmar quem é que mais fez feliz talvez seja exagero demais. É que parece que a gente vive refém daquela felicidade do passado, sabe? Parece que ninguém nunca mais vai conseguir fazer a gente se sentir igual, quando o que mais procuramos em uma nova história é um pouco de alguém diferente que nos faça sentir novo de novo, um pouco de alguém que possa nos surpreender e comprovar que o melhor ainda estava por vir. E assim então viver todos os dias.

Nos clichês a gente pode confiar.

Naqueles clichês da ansiedade pelas estreias no cinema, em falar no diminutivo, nos gostos particulares e nos presentes nas datas comemorativas. Tudo isso faz parte da nossa vida e das histórias que vivemos. É bobagem se prender e se evitar de viver tal coisa pelo medo da lembrança do passado.

A vida existe pra gente fazer do ontem uma inspiração do que queremos viver amanhã.

Mas claro, isso não significa que vivo em função do que já vivi um dia, jamais. Isso significa que quanto mais feliz eu acho que estou, mais ainda eu vou estar.

Também não digo que nunca tive sorte nessa vida.
Prefiro pensar que eu vivi tudo o que eu poderia do jeito que eu deveria, mas passou.
Ninguém acorda sabendo como vai terminar o dia, por isso a gente pode viver com aquela friozinho da surpresa, do inesperado, da ansiedade, fazendo sempre a nossa parte que para que tudo seja bom pelo menos para nós mesmos.

Hoje eu gosto de ter a sua mão pra segurar quando a gente anda na rua.
Eu gosto de conversar com você ao som dos seus pais reclamando alguma coisa lá no fundo. Hoje eu gosto de ouvir o som da sua risada e te ouvir falar como foi o seu dia. Eu gosto de te ter perto da minha família, bem como gosto de estar perto da sua. Gosto das suas mensagens sem hora marcada, gosto do seu carinho deliciosamente involuntário, gosto do seu perfume que fica todo na minha roupa quando a gente diz tchau. Hoje eu gosto de pensar em coisas pra gente fazer, nem que não seja nada mais que um filme no DVD.

Na minha vida moram experiências que eu não faço a menor questão de esquecer. Nunca vou esquecer as pessoas que já passaram por mim. O que eu faço agora é guardar cada uma delas em um lugar só pra elas, onde eu não preciso mais buscar porque hoje eu sou feliz ocupando o meu tempo pensando em você, rindo com o seu jeito de falar e respirando fundo com as coisas que eu planejo pra gente.
Hoje eu me rendi aos clichês e me vejo entregue ao que nem sei que vai acontecer, mas que sei que está me fazendo bem.