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Cheguei Em Casa, Obrigado Por Hoje

Hoje eu ia te chamar pra sair.
Cheguei até a abrir sua janela no chat pensando em puxar algum assunto pra quem sabe depois a gente combinar alguma coisa e aproveitar esse dia. Mas me deu medo.
Me deu de parecer idiota.
Talvez esse medo todo tenha a ver com todas as outras vezes que eu já me esforcei por alguém e não tive absolutamente nada em troca, talvez isso tenha a ver com essa merda de reciprocidade que tanto falam e que faz tempo que eu não faço ideia do que significa.

O problema é que eu sou assim sentimental e incontrolável.

Desde criança, lá nas minhas primeiras paixõezinhas de escola, sempre fui quem sentia o coração despertar ao só chegar perto de quem eu gostava, aí eu ia e tentava falar alguma coisa e em praticamente todas as vezes o que eu falava era algo que não significava nada, mas pelo menos falava.

Transbordo tanto sentimento que tenho medo de morrer afogado em mim mesmo.

Engraçado é que isso era pra ser algo positivo.
Só que o mundo é estranho demais e na prática eu não vejo nada do que as pessoas compartilham sobre amor. Tudo que eu vejo é um monte de gente cansada de tentar, tentar e tentar de novo, um monte de gente calejada de sofrimento e que por isso não sentem mais a mínima vontade de algo novo, pois quando algo de fato novo surge, elas fogem, ela correm, elas ignoram, elas sentem medo.

Hoje todo mundo tem medo de conseguir ser feliz.

Por isso que logo quando a gente conhece alguém, muitas vezes já tratamos de procurar algum defeito na pessoa, pois por mais incrível que pareça, não consideramos que exista alguém que goste da gente como realmente somos. Estamos terrivelmente acostumados com a tristeza. É claro que, na teoria, isso tudo é mentira, inclusive as mesmas montagens de frases de efeito servem de prova sobre como as pessoas desejam coisas melhores. Só que na prática, ah na prática…

Por isso eu abri sua janela pra conversar e só fiquei lendo nosso histórico.
Cheguei a visitar teu perfil pra relembrar das suas últimas postagens e saber como andava o seu senso de humor.
Hoje eu ia te chamar pra sair pra gente fazer qualquer coisa que trouxesse uma alegria pra nós dois, mas eu não me sinto mais confortável para isso. Eu não quero mais ter que pensar: “por que você fez isso idiota?”. Não se trata de arrependimento, se trata de mudança de valor e prioridades baseada em experiências anteriores, que embora eu sei que de pouco valem, hoje em muito me fazem efeito.
Sempre fui quem corre atrás, quem torce o braço e quem confessa saudade. Só que chega uma hora que por maior que seja a vontade a gente tem que ter um controle e pensar se tem valido a pena.

Chega uma hora que a gente tem que pensar na gente.

E nesse sentido, aos poucos a gente vai se acalmando e aceitando as circunstâncias das nossas atitudes, ou seja, se eu tivesse mesmo falado com você talvez eu estaria chegando em casa agora comemorando um dia gostoso ou estaria me punindo por mais uma vez ter feito um esforço a mais por quem tem uma vontade a menos. Ou o que aconteceu: não falei com você, não te chamei pra sair, não tive que ouvir nada da sua parte, não tive sim nem não e aceitei viver meu dia.
Não quero parecer idiota de novo ao planejar um dia legal pra gente viver junto quando tudo o que você mais quer é que não fiquemos juntos de maneira nenhuma.

São as nossas atitudes que comprovam as nossas vontades. Não as nossas palavras.

Então aquele discurso de “ahh, eu queria tanto, mas hoje não vai dar!” – isso quando nem discurso existe – não significa bosta nenhuma quando na verdade você não queria nada e eu acabei de alguma maneira atrapalhando o seu dia, pois eu imagino te chamando no chat, você vendo o meu nome e pensando: “Que saco, lá vem de novo!”. E por mais loucura que imaginar isso possa parecer, é só exatamente o que você mostra.

Corações precisam de abraços e não de mensagens de saudade.

Estou falando que um pequeno gesto de verdade, um pequeno gesto ao vivo, um pequeno gesto sincero é melhor do que a mais linda palavra que a gente possa dizer.

O problema é que eu fico triste, pois se tem uma coisa que aprendi nessa vida é de não policiar meus sentimentos e não deixar de fazer as coisas que eu quero, só que essa vontade toda acaba exatamente no momento que eu me vejo remando sozinho, tentando por dois, querendo por dois. E isso aconteceu hoje.

Isso não é para soar como se eu estivesse desesperado em estar perto de você, isso tudo aqui é sobre o jeito que você leva a sua vida e em como é injusto esbravejar depois por todos os lados sobre o quanto as coisas não dão certo pra você. 

Hoje vi como eu mudei.
Consegui me controlar.
Deixei sim de fazer o que sentia, deixei sim de arriscar, deixei sim de talvez viver algo bem legal, mas hoje, mais do que nunca, hoje eu quis me poupar, eu quis evitar de pensar que tenho tanta coisa pra oferecer mas ninguém sem ninguém pra receber.
Tem coisa boa vindo que eu sei, hoje eu só preferi não desperdiçar o minha SMS de “Cheguei em casa, obrigado por hoje!” pra aproveitar com alguém que me convença que mereça.

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Sobre Ter o Que Contar, Mas Não Contar Com Ninguém

O mundo pesa muito nas nossas costas.
É tanta pressão nos cercando todos os dias que a vontade mais forte que às vezes vem à cabeça é de jogar toda essa merda pro alto e largar tudo e todos.
São dedos apontados na nossa cara acompanhados de uma cobrança de que devemos ser melhores, de que devemos ganhar mais dinheiro, de que devemos ter o sorriso do comercial de creme dental, de que devemos vestir a moda ao invés de roupas confortáveis, de que precisamos ter os melhores aparelhos simplesmente pra mostrar que temos, de que devemos, de que devemos, de que devemos… E ninguém para, senta ao nosso lado e pergunta: “Tá tudo bem com você? Conta o que está acontecendo” ou “Como você está bem, gostei da sua roupa! É bom te ver feliz!”.

Tem pessoas que seguem o lema do “minha vida vai bem, espero que a sua também”.

Se o motivo da dor for carência, nada como uma dose de chacota com uma pitada de “nos olhos do outros é refresco” pra resolver.
Pelo menos é assim que agem as pessoas que possuem esgoto e não sangue correndo nas veias.
Já se a dor for a falta de reconhecimento ou um desânimo com o calendário sem novidade, é de se esperar o discurso de que “tudo tem sua hora”. É como dizer que para um bolo ficar pronto é necessário ir ao forno. Disso, todos sabemos.

Apesar de reais, tem vezes que o silêncio pode ajudar mais que os clichês.

Voltando à cobrança. Esse nosso mundo é mais feito pelo que parece ser do que pelo que realmente é. Você pode até não ser bem sucedido, mas tem que aparentar, e para tal, vale até comprar um carro parcelado em 434345354x ou o celular mais moderno só pra não se sentir excluído diante das pessoas que, aparentemente, são felizes e “atualizadas”.

Pra quê ser, se podemos aparentar?

Pra quê sentir, se podemos omitir?

Pra quê chorar se podemos postar “hahaha”?
Pra gente mostrar como somos fortes e gritar pro mundo que a nossa vida é legal e que as coisas sempre dão certo. É por aí. A escolha é nossa.
Não é nada mais que uma gigante, pesada e agressiva ilusão.

Em contrapartida, tem as pessoas que fazem de uma unha quebrada motivo para UTI. Já dizia a música “sofrer para despertar audiência”. Gente que prefere gritar pro mundo o quanto a vida não está boa do que fazer alguma coisa para mudar tudo.

Essa merda toda cansa à qualquer um que tenha coração.

É tanto sentimento que a gente se afoga sozinho.

Temos que fazer parte, temos que fazer sentido, temos que nos destacar, temos que nos superar, temos que ultrapassar, temos que ganhar tempo, temos, temos e temos. Eu temo é pelo que podemos nos tornar. Temos que fazer tanta coisa que esquecemos de fazer o que mais sabemos: ser nós mesmos. Ser eu, ser você, sermos nós. Recheados de defeitos e roupas nem sempre de marca, com gostos populares na culinária e atual domínio em uma só língua. Ser nós mesmos é admitir que gostamos da música que todos fazem piada, é não ter vergonha de não saber lidar direito em uma mesa com tantos talheres, pratos, entradas, petiscos e o escambal. Só a gente sabe do que a gente precisa e em tudo que precisamos melhorar, afinal, seja a dor ou a felicidade, quem viverá cada uma delas seremos nós mesmos, sozinhos, sempre e pra sempre. Ser o que de fato somos não nos faz pior que ninguém que saiba ser além.

As lições são as mesmas para todas as pessoas, o que muda é o nosso ano na escola.

Sobre “só a gente saber do que precisamos”, é claro que contamos e muito com a ajuda das pessoas que gostamos. No assunto em questão, no entanto, digo sobre eu, sobre você, sobre nós, sobre a gente, momentos antes de colocar a cabeça no travesseiro. Ali, naquele momento, no fundo nós sabemos, nunca terá ninguém pra enxugar a nossa última lágrima, tão menos terá alguém pra assistir o nosso mais bonito e sincero sorriso celebrando o dia feliz que vivemos.

Na viagem dos sentimentos, as pessoas são as passagens para os eternos destinos.

Embora grande demais, a gente coloca o mundo inteiro nas costas, e pra completar, as pessoas são egoístas demais pra ajudar a gente à carregar, ou são prestativas demais a ponto de quererem o mundo só pra elas.

Ninguém nunca vai entender como é difícil esquecer um amor que doeu, tão menos como ainda dói ver a foto que já fez sorrir ou como corta o peito sentir o cheiro que já fez suspirar. Ninguém vai entender como a tua página pesa pra virar, ninguém vai entender as coisas que a sua cabeça solitária pensa. E isso não é problema, isso é verdade, uma verdade cruel, mas ainda assim verdade, ainda assim melhor que qualquer vã esperança. Talvez seja a deixa da vida para que arregacemos as mangas.

Pode parecer um egocentrismo barato, mas se a gente não encontrar as respostas dentro da gente, ninguém vai chegar na porta da nossa e dizer: “Oi, sei como resolver os problemas da sua vida!”, ainda mais se tratando de um mundo onde tudo que as pessoas mais querem é pisar em problemas ao invés de resolverem. É uma defesa ingênua pensar que o fim de semana frenético te alivia a tensão da segunda-feira à seguir. Obviamente, não é justo que sejamos reféns destes mesmos problemas, o que acontece é que não podemos viver como se eles não existissem.

Problemas não resolvidos são como machucados não remediados.
As cicatrizes não aliviam o peso do mundo mas dão mais força pra gente suportar.

É a Última Que Morre

Muitos me perguntam porque eu não tenho alguém especial.
Para todos, respondo que eu gostaria de saber o por quê também. Alguns me apontam o dedo dizendo que talvez eu escolho demais, outros que eu não me permito me relacionar, tem também as pessoas que dizem que estou esperando a pessoa perfeita.

Só que não é isso.

As coisas andam bem estranhas no mundo. A gente vive uma realidade onde os amores são por conveniências, e depois que passa a vontade de manter por perto, é só terminar, é só dar tchau. E vai saber, talvez eu seja de uma outra geração, uma geração que aliás eu nunca nem vivi, talvez minha genética seja antiga. Não sei lidar.
A verdade é que as coisas hoje estão bem superficiais. É muito fácil encher a cara numa balada qualquer e sair de lá com uma amor novo. É fácil também encontrar companhia para os desejos de sexo. Não há dificuldade em conseguir 2 ou 3 beijos só pra matar a vontade. Essas coisas, hoje, são “normais”. Só que ter alguém vai além disso.

A tentativa de entrar em um consenso sobre ter alguém, sobre valorizar e sobre o mundo em que vivemos, pode render uns fáceis mil dias de conversa. É bobagem tentar convencer alguém, por isso cada um de nós temos uma vida pra cuidar, mas dá pra dizer que você sabe quando está sentindo algo especial ao sentir vontade de cuidar da própria vida e ajudar outra pessoa a cuidar dela. E aqui falo no sentido amplo de cuidar de alguém, de resolver os problemas, de aguentar as crises, de superar as coisas, juntos. Isso que é meio difícil de encontrar hoje em dia. É difícil mas ainda dá pra encontrar, só que algo que não devemos buscar. Louco, né? Existe algo que nos espera mas nós não podemos procurar! Acontece que a vida prepara as coisas pra gente na hora em que precisamos viver. Viver requer preparo para o movimento, testes com o coração.

E a gente esquece que viver é mais que ter alguém.

Afinal, nós temos muitas pessoas que nos fazem viver bem. É a família, são os amigos, somos nós mesmos, nosso trabalho, estudos e os prazeres que podemos viver para preencher a lacuna de todos os sentimentos que o nosso coração é capaz de agrupar.

A gente vive pelo coração e não pelo amor.

Por mais que a pressão do mundo seja tão forte e nos force a acreditar que só com o amor a gente vive, não, a gente não vive só dele, DELE TAMBÉM claro, mas não SÓ dele! Vivemos da raiva, da saudade, da ansiedade, da lição, da decepção… São inúmeros os sentimentos que nos fazem sentir vivos! E claro, o amor, sendo o mais bonito deles, é quem podemos dizer que rege o coração, no entanto, nunca vou cansar de dizer que ele não é tudo. Até por quê, estou falando do amor midiático, o amor de ter alguém, de que só podemos ter felicidade se termos alguém, o amor que o mundo nos diz ser ideal. O amor é tão completo e maravilhoso que é aplicado em outras situações. Amor à família, amigos, trabalho, hobby, os melhores sentimentos sobre essas coisas nada mais são que novas formas de viver o mesmo amor que temos no coração.

Mas a gente esquece, e nessas horas, ter ou não alguém pesa muito.
É que existem alegrias que só se tornam felicidade se temos alguém para dividir. E para esse papel, os amigos não são tão eficientes, a gente quer alguém pra olhar nos olhos, alguém pra ser a primeira pessoa na lista de quem ligar em todas as horas, alguém para mostrar o que sabemos fazer e o que queremos aprender. Alguém para dar a mão.

Pena que o mundo anda estranho demais que até acreditar num sonho pode ser tachado de bobagem.
Não podemos compartilhar algo de bom que vivemos, que do nada vem gente dizer que somos efusivos demais, vem gente alertar sobre os invejosos – que penso que na verdade ao considerar a possibilidade deles só estamos os atraindo – vem gente dizer que falamos demais. Tem horas que dá pra pensar que as pessoas não estão prontas para serem felizes. A felicidade, por essência, é algo que quanto mais irradiado for mais intenso será, contagia, ilumina, revigora. Mas nem toda felicidade é bem-vinda, sabemos disso e a gente só continua vivo, a gente só continua nesse mundo, por acreditar que as coisas sempre podem mudar. Sempre há esperança.

E tem as pessoas que me perguntam porque eu não tenho alguém especial.
Respondo que não sei, mas que eu gostaria de ter.

Você Já Se Perguntou Se Merece?

Na maior parte das vezes o que impede a gente de conquistar as coisas que queremos somos nós mesmos, portanto, o problema e a solução somos nós mesmos. É natural buscar culpados e respostas em todos os lugares antes de pensar sobre nós mesmos. Talvez seja algo meio inconsciente, não sei, mas a gente nunca se considera responsável pelas coisas da vida, sempre surge uma pergunta do tipo: “Eu mereço isso?”, “Por que está acontecendo isso?”. E quando a gente fala de amor então, a coisa só piora: “Por que eu não tenho ninguém?”, “Por que ninguém gosta de mim?”, “Por que eu só me relaciono com gente que não presta?”. O ser humano é questionador e tem preguiça de ser solucionador.

Veja bem, é claro que não estou dizendo que sabemos todas as respostas sobre as coisas que acontecem na nossa vida, especialmente as ruins, ora, se a gente soubesse a resposta do problema a gente não teria esse problema, não é mesmo? Ou pelo menos a gente tentaria ao máximo evitar esse problema. Só que não é assim.

A gente vive de acordo com o mundo e não ao contrário. Não temos o poder de controlar o tempo, as pessoas e muito menos os sentimentos. Por isso que num dia a gente ama, no outro odeia, em um a gente acha que não vive mais sem a pessoa, no outro a gente não consegue viver mais um minuto com a pessoa. Somos volúveis, sentimentalmente volúveis.

“Nossa, você fala de um jeito como se fosse fácil, né? Que eu consigo resolver tudo! Vem aqui viver a minha dor pra ver é legal e simples assim”. Não que seja fácil, aliás, nada nessa vida é, a questão é que a gente nunca considera que nós também podemos ser os culpados pelas coisas não-legais que acontecem nas nossas vidas. Aí você vai até o viaduto mais próximo e se joga pra resolver tudo, né? Claro que não! Pensemos. Não sei vocês, mas eu acredito no “Plantou, colheu” e não necessariamente o “colheu” vai ser na mesma moeda, sabe? Pareceu confuso? Ok, se você traiu lá atrás e agora está vendo seu relacionamento ruir porque a pessoa disse que “está em outra fase”, tenha certeza, isso é o você está colhendo por ter plantado traição lá atrás. Penso que as atitudes da vida são interligadas, uma coisa leva a outra, uma é consequência da outra e assim vamos vivendo. Aquele banco disponível sorrindo pra você em pleno ônibus lotado logo de manhã é o teu “colheu” ao “plantar” um sincero “bom dia” ao motorista quando entrou. Faz sentido? Pra mim faz. E não é que a gente vai sair fazendo coisas legais aí só pra ter coisas legais em troca – ou melhor, sempre façam coisas legais, rs! – mas aí nasce outro problema que é esperar algo troca pelas coisas que a gente fez. A vida é recíproca com a gente, só que do jeito dela.

Essas ideias estão absolutamente relacionadas com o coração. A vida e o coração são parecidos, são igualmente incontroláveis e independentes, não há como a gente previní-los. Mas há sim o que fazermos.
Será que o primeiro passo para que os dias melhores possam chegar talvez não seja começar respeitando o tempo? Tempo na sua magnitude extraterrestre, sem amarras, sem rabo preso com ninguém, totalmente independente. Pra gente saber lidar com quem gostamos, precisamos aprender a lidar com o tempo.
Por exemplo, você começou um relacionamento, uhul, que lindo, aí chega o dia do: “Não vai dar pra gente se ver hoje, estou cansado(a)”. Aí você volta lá praquele viaduto pra resolver isso, né? ÓBVIO que não! É mais interessante que respeite o tempo e o espaço da pessoa que está com você, não desdobre acontecimentos, ela só quer um dia pra ela, tenha calma, não é o fim do mundo – também não disse que é legal – mas aproveite então esse tempo pra fazer outra coisa que goste muito. A gente sempre tem algo pra fazer que gostamos muito.

E acima de tudo, o amor real existe, ele só não é único e intransferível igual teu RG.
Você vai viver o “eu te amo como eu nunca amei ninguém antes!” e depois vai terminar e outra pessoa vai te dizer isso. Ainda assim será amor. Você vai viver o “Acho que chegou a nossa hora, vamos tentar?” e tem tudo pra ser muito legal também. Vai viver o “Corre, vamos arrumar tudo, meus pais chegaram!”, vai viver o “Quer casar comigo?”, vai viver o “Pai, mãe, não sou mais virgem”. Acredite, você vai viver tudo isso do teu jeito na hora que a vida escolher como certa pra você. Se não tem acontecido nada tão grande assim agora, não desacredita, a vida está ajustando os detalhes, está te testando todos os dias, analisando tua relação com a família, estudo, trabalho, amigos e etc. Se existisse uma vida ideal a gente poderia chamar de “equilibrada”, com direito a algumas quebras de regra também, claro. Só não se desespere, por exemplo, em ter logo ao teu lado o amor que acabou de ver no filme ou na TV, antes, repense teu jeito, reavalie teus modos, conclua se você realmente merece alguém como tanto deseja. Reitero meu pensamento que os acontecimentos da vida são interligados, em outras palavras, você nunca vai ter alguém pra sair de mãos dadas num inverno se continuar desrespeitando seus familiares como tem feito. Entende?

Acredito que o que é nosso está lindamente guardado, só esperando a hora de aparecer, e nisso, a gente tem influência, todas as coisas que já fizemos tem influência nas que ainda podem acontecer.

Não que viver seja fácil, não que a solidão seja “de boa”, não que a saudade não doa, só que a gente precisa lembrar de nós mesmos, temos corpo, coração, sensibilidade, família, amigos, trabalho, estudos, futuro, planos, sonhos, alegrias, muitas, muitas coisas envolvem a nossa vida e todas elas estão relacionadas para que aquilo que você mais deseja, finalmente, possa acontecer.

Plantemos algo bom para que nasça algo melhor ainda.
O melhor, sempre, está por vir.