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Um Tapinha Nas Costas Pra Evitar Um Tapa Na Cara

“E quando vai dar certo, afinal?”
É a pergunta que gritamos arrancando os cabelos  quando uma nova história não sai da forma como você imaginava que seria. A vida não tem controle remoto, sabia?
A vida é caprichosa e quando a gente tenta manter o controle das coisas ela vem e nos faz alguma surpresa, de algum tipo de maneira, sempre com um objetivo: fazer a gente crescer.

Por piores que possam ser, as coisas não dão errado só para você, acredite.

É que é tão mais fácil reclamar, né? Claro que é.
É só o mundo sair do eixo que a gente sai esbravejando como se as respostas aparecessem num piscar de olhos, ou então, a gente sai procurando resposta em tudo quanto é coisa. São nesses momentos que o horóscopo no metrô começa a fazer sentido, bem como os refrões que nunca reparamos. Essas coisas acontecem pra lembrarmos não somos os únicos a viver as coisas que vivemos, que tem gente que vive exatamente igual ou pior.

Tem gente que tem muitos mais motivos pra reclamar do que a gente.
E mesmo assim, não reclama.

Você costuma ler os manuais de como usar os produtos que compra? A vida é tipo isso, a gente não gosta de ouvir umas verdades, acha tudo uma chatisse, mas sabemos que no fim faz sentido, há razão. Tipo os manuais de como usar. Eles explicam tudo que a gente faz questão de aprender na teimosia.

Não existe cartilha pra viver, existem experiências que servem para embasar novas formas de viver. Por isso gostamos tanto dos nossos amigos. Eles nos trazem – ou pelo menos deveriam – valiosos e diferentes pontos de vista sobre a chuva que a gente transforma em tempestade. E a gente faz – ou pelo menos deveríamos! – o mesmo quando eles precisam da nossa ajuda.

Ao invés de se torturar ao ver que as coisas não tem dado certo, começa a pensar que isso significa que algo muito melhor está por vir.

As novidades chegam pra gente valorizar cada sorriso e cada lágrima.

Não queira pensar que os últimos beijos que tem dado consolidam algo bom que está por vir. Não necessariamente. Na prática, foram só beijos. Ao mesmo tempo, os beijos que você não tem dado não significam que algo pior está por vir. Na prática, é só a fase que não é boa.

O que pode te ajudar a imaginar o que virá, são as atitudes que você toma em toda a sua vida, no exemplo, a forma que conseguiu aqueles teus melhores beijos. Explicando: Vamos concordar que um beijo já teve muito mais valor que tem hoje, e isso por si só já responde muita coisa.

Logo, mais importante que o resultado é o caminho que você fez até ele.

Você deve semear o amor que deseja colher.

Quando a gente vive tentando prever o futuro, a gente vive menos o presente.
Sabe na escola quando a gente aprende que numa redação tudo tem que ter “Começo, meio e fim?” Então, esta é uma das aulas que mais precisamos prestar atenção, é uma aula que derruba aquela frase que a gente sempre diz: “Eu vou usar isso na vida?” Sim, esta lição você vau usar. Tudo na vida segue essas regras de começo meio e fim, o que muda é a duração. Por isso que namoros que parecem de cinema duram 2 meses e histórias desacreditadas rendem longos casamentos.

Dentro de tudo isso existe o quanto gostamos de nós mesmos.
Gostar de si não significa acumular dívidas torrando o salário para comprar roupas para desfilar na balada ou bens para exibir na internet, significa dar o melhor para ter reconhecimento no trabalho e nos estudos, e aí poder desfrutar do seu esforço, do seu mérito, com coração e alma limpa.

Não que deva ser uma religião pensar que as coisas são interligadas, que uma coisa tem influência com a outra, mas a pessoa mais bonita que você já beijou não apareceu por acaso. E esta é uma linha interessante de raciocínio. O dia daquele beijo foi a recompensa da vida por algo que você fez ou por algum comportamento seu. Sendo assim, dá pra gente acreditar que somos fundamentalmente responsáveis pelas coisas que vivemos.

O nosso problema é que não temos paciência pra dor.

Por isso existe gente que tenta enganar o coração se afundando em goles pelas noites, nas altas velocidades pelas ruas, entre outras coisas. Queremos resolver tudo rápido e pra ontem, queremos chutar a bola pra frente ao invés de deixá-la rolar, queremos rasgar as folhas do calendário, queremos logo o próximo amor, como se o querer fosse poder.

Quanto mais desesperados somos, mais risadas a vida dá da nossa cara.

“E quando vai dar certo, afinal?”
Essa pergunta deve ser substituída por “E quando vai dar certo, de novo?”, afinal, todas as histórias que vivemos, curtas ou longas, são histórias que deram certo. De repente não como esperávamos, mas que deram certo enquanto duraram. E não é vergonha se sentir uma pessoa injustiçada, ainda mais se a maré não é boa. É nesse pensamento de injustiça que está a grandeza e toda a força para virar a página. É dentro do poço que está a força pra sair de lá. É na impaciência do semáforo vermelho que está a beleza da cidade. É no salário que você considera injusto que está a sua motivação por um melhor.

Quando reclamar que as coisas não dão certo, tenta lembrar que ao invés de viver atrás da felicidade igual a você, tem gente que vive atrás de força pra continuar tendo uma vida igual essa que você reclama.

Fica bem,
ocupe o espaço da saudade com frases de efeito em frente ao espelho.

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Já Vi um Filme Assim

Leia ouvindo: http://www.youtube.com/watch?v=EqWLpTKBFcU

Continuo igual.
Assustadoramente igual. Continuo me preocupando com quem não liga se tenho vida, continuo correndo atrás quando o justo seria que corressem por mim. Continuo repetindo os mesmos erros de quando mais jovem, continuo me precipitando, continuo demonstrando demais, continuo sendo EU DEMAIS quando na verdade eu gostaria de ser EU MELHOR.

É uma droga! E quando paro pra pensar nessas coisas, nem eu mesmo me suporto. A última que me aconteceu foi reincidente e esse é um motivo que eu deveria me acostumar, mas não, é incrível, as coisas acontecem da mesma forma, só mudam os protagonistas, e eu tenho as mesmas atitudes, a mesma cabeça baixa, a mesma covardia por mim mesmo, uma covardia que chega a doer, é uma fraqueza que meu deus do céu, ficaria semanas pra falar apenas sobre isso.

Eu não tenho coragem de ser feliz. Não tenho coragem de tentar. Dá pra pensar por esse lado se eu for o extremo do racional. Comigo é assim: Ou meto o pé pelas mãos ou acabo não fazendo nada, absolutamente nada.

E foi isso que me aconteceu recentemente. Eu não fiz nada quando eu precisaria ter feito algo. E a merda é que só de pensar nas opiniões que vou ouvir a quem eu contar eu já fico desesperado. “Por quê você conta para as pessoas então?!” A resposta é: Eu não sei por quê! Só sei que eu sinto tanta coisa, penso em tanta coisa que eu não consigo guardar comigo, não consigo acumular, não consigo processar sozinho, quero compartilhar, quero de alguma maneira algum tipo de ajuda.

Eu tenho vergonha, é isso.
Não é a vergonha do arrependimento ou no sentido de pena, é a vergonha de timidez. Eu não sei lidar comigo, não sei lidar com as coisas que sinto – não que eu penso ser o único no mundo assim -, eu só não sei. Faz sentido se eu pensar que essa timidez toda existe pela minha ansiedade de viver algo sólido, viver algo que dê pra eternizar em fotos, o que também tem a ver com o medo de assustar com a minha sede para que as coisas aconteçam, ou seja, é muita vontade misturada com muitos sonhos, contra a realidade dos fatos e o ponteiro do relógio. Explico. Eu, por mim mesmo, acabo me bloqueando de falar coisas que eu deveria falar, coisas que eu não posso guardar. Aí eu fico pensando que a hora certa vai chegar, mas esqueço que o relógio não para e o tempo é severo nesses momentos. Fico esperando a oportunidade que eu julgo ser perfeita para ter atitude, fico esperando a abertura certa para que eu possa dar um passo a mais, e enquanto espero, o que eu fico fazendo é ser eu mesmo. Fico sendo eu demais! Que merda, que saco!

Meus amigos devem imaginar que é “bobagenzinha”, mas eu não brinco quando posto na internet algo dizendo que eu queria sumir por dias, meses, semanas, que seja! Essa vontade transborda quando me vejo infantil diante de coisas que eu já deveria saber lidar. Talvez eu não tenha crescido ainda o suficiente…

E tudo fica ainda pior quando vejo que praticamente todas as pessoas sabem o que, que horas e como fazer, enquanto eu me vejo suando as mãos diante de qualquer passo que tento dar, de qualquer sinal de aproximação, qualquer tentativa de demonstração de interesse. É tudo aparentemente tão fácil e pra mim aparentemente tão difícil.

Lembro da vez que ouvi um “vou ao banheiro” exatamente no momento em que eu estava certo que tentaria um beijo. Teve o dia do “podemos sim, aí a gente chama um pessoal pra ir junto!” quando fiz o convite para o cinema. Isso sem contar a vez do “Desculpa, me ocupei aqui e esqueci de responder, mas hoje vou sair com um pessoal” depois de eu finalmente ter apertado “enviar mensagem de texto” após ter pensado por minutos no que convidar para fazer. É.

A gente só entende como é viver quando a gente se propõe a viver.
Ninguém nunca vai saber melhor de você do que você mesmo, ninguém nunca vai te entender mais do que você mesmo, ninguém nunca vai gostar mais de você do que você mesmo deve gostar.

E entre uma tentativa e outra, o relógio corre. Os dias, semanas e meses se vão.

Torço muito para que eu esteja engando ao pensar que talvez o amor que as pessoas buscam não seja o mesmo que eu, que a tal da questão de “química” e “hora certa e pessoa certa” não seja tudo uma grande bobagem criada pra casais se gabarem de argumentos que defendam a espontaneidade do amor.

Eu queria conseguir tentar. Penso em exatamente todos os detalhes, desde a hora que eu acordo. Deixo tudo exatamente combinado, coloco minha melhor roupa, pego tudo que me resta de dinheiro para assegurar um pouco de alegria e no momento em que eu mais preciso de mim mesmo, eu fujo.

Esses dias foi mais um pra minha coleção de “Não foi dessa vez.”
Tive que me consolar ouvindo os refrões mais desnecessários na volta pra casa. Isso já não me afeta mais, pois é algo que já vivi tantas vezes que pra mim é bem natural e chega a ser previsível depois do último “tchau” na despedida.
Já teve vezes em que a vontade era virar o rosto e acidentar um beijo, aí eu poderia alegar que foi incontrolável, que foi mais forte do que eu. Será que convenceria? Eu poderia levar um tapa também por tal atitude. Nas duas situações, eu pelo menos haveria tentado.
Pra não ser tão injusto e eventualmente apelativo demais, devo dizer que algumas vezes já deu certo, foram vezes em que não me reconheci e a felicidade foi tanta na mesma volta pra casa que fiz dos refrões desnecessários minhas trilhas sonoras de completa alegria, cortando as ruas dessa cidade, cantando o mais alto que eu podia. Foram noites felizes, histórias pra contar nas quais guardei todos os detalhes. Não por ninguém, por mim mesmo.

O mais louco é que isso pra mim é algo tão pesado de falar e que no fim das contas só significa a vontade de viver a maior das felicidades. É uma infeliz realidade sobre a busca por um momento feliz.

Vai passar.

Onde Ajusto o Relógio da Vida?

É uma droga porque eu não sei o que fazer. E pior do que fazer alguma coisa errada, é não saber o que fazer, como lidar, o que falar, ou não falar, sei lá! É exatamente assim como tenho me sentido ultimamente. Ou melhor, já faz muito mais tempo do que ultimamente.
Eu sinto saudade das fases em que coisas são mais claras: felizes ou tristes, fim, sem “meios termos”. Essa imprecisão toda me irrita e só me confunde cada vez mais!
Não que esteja querendo prever as coisas, pra sei lá, me precaver das situações boas ou ruins, só que eu não aguento mais levar a vida na porcentagem, preciso de coisas absolutas para os meus dias.

Estou vivendo um momento em que nada tem resposta. Tipo, nada mesmo, sabe? Estou numa fase “não sei”. Não sei se gosto ainda, não sei se devo voltar, não sei se devo terminar, não sei se devo confessar, não sei se devo ligar, não sei se devo responder, não sei de nada. Na verdade a única coisa que sei é que eu não sei nada. É um monte de “Se” na minha cabeça que congestiona todas as saídas que eu imagino para meus problemas, sendo que muitos desses meus problemas são causados exclusivamente por mim. Parece loucura, né? Pra variar, NÃO SEI, se é.

Embora eu não tenha certeza de algumas coisas, procuro imaginar o que pode estar acontecendo.
Acho que estou exigindo demais, talvez eu esteja esperando demais das pessoas, também posso estar considerando menos do que eu deveria outras pessoas, esta aí, pensando com calma consigo analisar e encontrar algumas coisas que eu não estou fazendo certo. E eu só posso esperar o certo da vida se eu fizer por onde. Ahh, isso eu sei!

O problema é esse troço de coração. Acho o cérebro tão mais justo, apesar de menos emocionante; tão mais certeiro, apesar de menos ousado… Está vendo? Estou em círculos! Tudo que eu queria era ter alguma resposta que ligasse às outras, e aí, com calma, poder entender o que de fato está acontecendo comigo e o que eu deveria fazer.
Seria lindo viver assim, né?

Eu queria entender, especialmente, o que eu deveria fazer com você.
Queria viver na prática esse negócio de “tudo tem a sua hora”. Como programo o despertador para as coisas acontecerem?

Estou nuns dias onde eu queria sumir do mapa! Queria viajar pra longe, sem ninguém, onde não tivesse ninguém que eu conheça também. Estou precisando de mim pra poder ter alguém. Preciso me aceitar para que me aceitem e para que eu possa aceitar alguém. Preciso de mais ponto final onde eu só tenho colado vírgula. A história da vida é feita de todas as pontuações. Não se escrevem romances só com exclamação.

É uma droga, que saco!
Não estou esperando a melhor pessoa pra minha vida, eu só quero algumas pequenas respostas ou dicas, algo que me faça dar o segundo passo. Se as coisas continuarem como estão, vou acabar me suicidando dentro de mim mesmo, dentro da minha covardia de não conseguir encarar os meus problemas e da minha competência de não conseguir pensar em soluções.

É que tudo é muito mais fácil quando estou longe de você. Faço desenhos na minha cabeça de como seria sua reação se eu te ligasse agora, se ficaria feliz ou não. Aí penso que não faz sentido eu te ligar. Pra falar o quê? Pra te ouvir jogar na minha cara como está feliz no trabalho, estudos e na família? Pra, em outras palavras, jogar na minha cara como está feliz sem a minha presença?
As respostas são sempre duplas e essa é a pior tortura. Tudo “pode ser que sim” ou “pode ser que não”, e quem sai ganhando com isso tudo? Ninguém!

Eu preciso descansar.
Pensar tanto em como resolver as coisas só me afasta ainda mais das soluções. Preciso sair pra tomar um ar, mudar a prioridade da minha vida, que aí quando for a hora, eu vou saber o que fazer. Ou não.

E você poderia me ajudar, né? Pra começar, você poderia ser uma pessoa mais clara e direta também.

É que pra algumas pessoas, é difícil facilitar as coisas.
Acho que eu sou assim.
Não sei.

 

Você Já Se Perguntou Se Merece?

Na maior parte das vezes o que impede a gente de conquistar as coisas que queremos somos nós mesmos, portanto, o problema e a solução somos nós mesmos. É natural buscar culpados e respostas em todos os lugares antes de pensar sobre nós mesmos. Talvez seja algo meio inconsciente, não sei, mas a gente nunca se considera responsável pelas coisas da vida, sempre surge uma pergunta do tipo: “Eu mereço isso?”, “Por que está acontecendo isso?”. E quando a gente fala de amor então, a coisa só piora: “Por que eu não tenho ninguém?”, “Por que ninguém gosta de mim?”, “Por que eu só me relaciono com gente que não presta?”. O ser humano é questionador e tem preguiça de ser solucionador.

Veja bem, é claro que não estou dizendo que sabemos todas as respostas sobre as coisas que acontecem na nossa vida, especialmente as ruins, ora, se a gente soubesse a resposta do problema a gente não teria esse problema, não é mesmo? Ou pelo menos a gente tentaria ao máximo evitar esse problema. Só que não é assim.

A gente vive de acordo com o mundo e não ao contrário. Não temos o poder de controlar o tempo, as pessoas e muito menos os sentimentos. Por isso que num dia a gente ama, no outro odeia, em um a gente acha que não vive mais sem a pessoa, no outro a gente não consegue viver mais um minuto com a pessoa. Somos volúveis, sentimentalmente volúveis.

“Nossa, você fala de um jeito como se fosse fácil, né? Que eu consigo resolver tudo! Vem aqui viver a minha dor pra ver é legal e simples assim”. Não que seja fácil, aliás, nada nessa vida é, a questão é que a gente nunca considera que nós também podemos ser os culpados pelas coisas não-legais que acontecem nas nossas vidas. Aí você vai até o viaduto mais próximo e se joga pra resolver tudo, né? Claro que não! Pensemos. Não sei vocês, mas eu acredito no “Plantou, colheu” e não necessariamente o “colheu” vai ser na mesma moeda, sabe? Pareceu confuso? Ok, se você traiu lá atrás e agora está vendo seu relacionamento ruir porque a pessoa disse que “está em outra fase”, tenha certeza, isso é o você está colhendo por ter plantado traição lá atrás. Penso que as atitudes da vida são interligadas, uma coisa leva a outra, uma é consequência da outra e assim vamos vivendo. Aquele banco disponível sorrindo pra você em pleno ônibus lotado logo de manhã é o teu “colheu” ao “plantar” um sincero “bom dia” ao motorista quando entrou. Faz sentido? Pra mim faz. E não é que a gente vai sair fazendo coisas legais aí só pra ter coisas legais em troca – ou melhor, sempre façam coisas legais, rs! – mas aí nasce outro problema que é esperar algo troca pelas coisas que a gente fez. A vida é recíproca com a gente, só que do jeito dela.

Essas ideias estão absolutamente relacionadas com o coração. A vida e o coração são parecidos, são igualmente incontroláveis e independentes, não há como a gente previní-los. Mas há sim o que fazermos.
Será que o primeiro passo para que os dias melhores possam chegar talvez não seja começar respeitando o tempo? Tempo na sua magnitude extraterrestre, sem amarras, sem rabo preso com ninguém, totalmente independente. Pra gente saber lidar com quem gostamos, precisamos aprender a lidar com o tempo.
Por exemplo, você começou um relacionamento, uhul, que lindo, aí chega o dia do: “Não vai dar pra gente se ver hoje, estou cansado(a)”. Aí você volta lá praquele viaduto pra resolver isso, né? ÓBVIO que não! É mais interessante que respeite o tempo e o espaço da pessoa que está com você, não desdobre acontecimentos, ela só quer um dia pra ela, tenha calma, não é o fim do mundo – também não disse que é legal – mas aproveite então esse tempo pra fazer outra coisa que goste muito. A gente sempre tem algo pra fazer que gostamos muito.

E acima de tudo, o amor real existe, ele só não é único e intransferível igual teu RG.
Você vai viver o “eu te amo como eu nunca amei ninguém antes!” e depois vai terminar e outra pessoa vai te dizer isso. Ainda assim será amor. Você vai viver o “Acho que chegou a nossa hora, vamos tentar?” e tem tudo pra ser muito legal também. Vai viver o “Corre, vamos arrumar tudo, meus pais chegaram!”, vai viver o “Quer casar comigo?”, vai viver o “Pai, mãe, não sou mais virgem”. Acredite, você vai viver tudo isso do teu jeito na hora que a vida escolher como certa pra você. Se não tem acontecido nada tão grande assim agora, não desacredita, a vida está ajustando os detalhes, está te testando todos os dias, analisando tua relação com a família, estudo, trabalho, amigos e etc. Se existisse uma vida ideal a gente poderia chamar de “equilibrada”, com direito a algumas quebras de regra também, claro. Só não se desespere, por exemplo, em ter logo ao teu lado o amor que acabou de ver no filme ou na TV, antes, repense teu jeito, reavalie teus modos, conclua se você realmente merece alguém como tanto deseja. Reitero meu pensamento que os acontecimentos da vida são interligados, em outras palavras, você nunca vai ter alguém pra sair de mãos dadas num inverno se continuar desrespeitando seus familiares como tem feito. Entende?

Acredito que o que é nosso está lindamente guardado, só esperando a hora de aparecer, e nisso, a gente tem influência, todas as coisas que já fizemos tem influência nas que ainda podem acontecer.

Não que viver seja fácil, não que a solidão seja “de boa”, não que a saudade não doa, só que a gente precisa lembrar de nós mesmos, temos corpo, coração, sensibilidade, família, amigos, trabalho, estudos, futuro, planos, sonhos, alegrias, muitas, muitas coisas envolvem a nossa vida e todas elas estão relacionadas para que aquilo que você mais deseja, finalmente, possa acontecer.

Plantemos algo bom para que nasça algo melhor ainda.
O melhor, sempre, está por vir.