Se você esconder o sorriso que aparecia ao receber uma mensagem minha? Se a minha imagem na sua vida representar algum tipo de desconforto? Se os seus pensamentos sobre a gente não te animarem tanto mais? Se o prazer em ficar perto se transformar no alívio em ficar longe? Se passar a virar os olhos de saco cheio nos memes que eu te marcar? Se você não sentir mais o tesão que sentia? Se o beijo não funcionar mais? Se até a minha risada te incomodar?
E se você enjoar de mim?
Como resultado do que passe até aqui, sou uma ferida aberta que atende pelo nome de insegurança. Nessa ferida, há algumas histórias antes da nossa onde sempre vivi uma contagem regressiva à espera de tudo acabar. Nas entrelinhas, sempre era eu querendo continuar enquanto a outra pessoa queria terminar.
Só que eu nunca sabia. A gente nunca sabe, a gente começa a perceber.
E quando eu concluía, já era no capítulo final.
O resultado disso é a minha autoestima remendada, receio em atrapalhar e uma relação de ansiedade com o futuro sobre quem está comigo.
Essa ansiedade se manifesta em pensamentos como: há uma cadeira no cantinho de algum dos seus planos pra eu sentar? E quanto a mim, posso te contar sobre um lugar pra gente visitar um dia sem medo de te assustar? Eu posso sonhar altão demais com alguma coisa e te convidar pra viver comigo? Você vai dizer “sim” mesmo que de brincadeira? Ou vou parecer que quero estragar seus objetivos? Que quero protagonismo? Que quero tumultuar sua individualidade?
Meu plano preferido é fazer parte dos seus.
Te convidar para os meus.
Realizar os nossos.
Respeitar cada um.
Mas e se você enjoar de mim?
Você me avisa? Se houver algo que eu possa fazer, me dá algum sinal de que não está tudo bem? Porque aí eu posso ter o tempo que eu nunca tive; tempo de revisar, apagar e reescrever; fazer funcionar, motivar e mudar o que eu conseguir até você sentir que melhorou.
Eu não apareci para atrapalhar.
Eu sou alguém com vocação para ajudar.
E não que você seja alguém que precise, mas eu estou por aqui para te lembrar que tem força do lado de cá quando a sua parecer acabar.
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por Márcio Rodrigues.
umtravesseiroparadois@gmail.com
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